Prestação da casa desce 25% com novos apoios à habitação - como?

Efeito conjugado da estabilização da Euribor e da bonificação dos juros ajuda a baixar as prestações da casa. Explicamos.
25 set 2023 min de leitura

Esta quinta-feira, o Governo apresentou novas medidas de apoio à subida dos juros nos créditos habitação. Uma delas permite dar um desconto na Euribor de 30% no prazo de dois anos. E a outra reforçou e alargou a bonificação de juros a mais famílias. O efeito conjugado destas duas medidas de apoio ao crédito habitação permite reduzir em 25% o encargo mensal com prestação da casa de um empréstimo de 100 mil euros e maturidade de 30 anos, segundo cálculos do Governo.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira duas medidas que têm impacto direto na prestação da casa das famílias:

  1. Um mecanismo que permite às famílias pedir ao banco para fixar a prestação dos créditos à habitação própria e permanente, com taxa de juro variável, durante dois anos. A medida contempla uma redução da prestação na medida em que a taxa de juro implícita não ultrapasse 70% da Euribor a 6 meses;
  2. Bonificação dos juros passou a ser de 800 euros anuais (máximo), passando a bonificação a ser calculada sobre o valor do indexante (Euribor) acima de 3%. A taxa de esforço das famílias deve ser superior a 35%.

Mas como é que estes dois apoios, juntos, podem reduzir as prestações da casa das famílias elegíveis? Explicamos tudo tendo por base as simulações partilhadas na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros pelo ministro das Finanças, Fernando Medina.
 

Segundo simulações efetuadas pelo Ministério das Finanças, um empréstimo com maturidade residual de 30 anos, 100 mil euros de capital em dívida, um spread de 1,5% e Euribor a 6 meses, paga atualmente 574,08 euros por mês de prestação da casa.

Com as duas medidas referidas, terá uma redução da prestação da casa em 76,33 euros (por via do mecanismo de fixação que reduz a Euribor para 2,85% - está nos 4,1%) e um apoio (por via da bonificação) de 66,7 euros, uma vez que para pagar este crédito a família considerada tem neste momento uma taxa de esforço de 40%, estando no 4.º escalão de rendimentos,.

Assim, a nova prestação da casa será de 431 euros, o que corresponde a uma redução de 25% (ou 143 euros) face ao valor atual.
 

Já uma família que tem ainda 30 anos e 200 mil euros de empréstimo habitação pela frente e apresenta uma taxa de esforço de 20% está excluída, por isso, do apoio ao juro bonificado. Mas pode aceder à medida da fixação da prestação, pagando apenas 70% da Euribor a 6 meses (ou seja, 2,85%).

Portanto, uma família que esteja no 7.º escalão de rendimentos poderá reduzir a prestação mensal dos atuais 1.148,16 euros para 995,50 euros, beneficiando de uma redução de 13% (ou 152,65 euros) com a medida de fixação da prestação.

Fonte: Idealista
Foto de Freepik

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